Mesmo com restaurantes a quadras de distância, cada vez mais pessoas estão optando pelo delivery. O crescimento do serviço de entrega de alimentos já estava bem acentuado até que de repente chegou a pandemia do Corona Vírus e catapultou o modelo de negócio. Pesquisas apontam que mesmo após o retorno das atividades comerciais, nos países asiáticos acometidos pelo covid 19 inicialmente, os hábitos do delivery permaneceram.
Com o setor de delivery disparando para um valor projetado de 365 bilhões de dólares até o final da década, a tendência já era que cada vez mais pessoas utilizem o serviço mesmo se esta crise não tivesse ocorrido.
Graças a tecnologia, hoje podemos pedir uma corrida, serviços de lavanderia e até serviços especializados na entrega de bebidas alcoólicas entregues na porta da sua casa através do seu smartphone. E qual o preço pagamos por isso? Um valor um pouco mais alto pela conveniência.
Mas enquanto os consumidores estão dispostos a pagar mais pelo serviço, o ecossistema de delivery de restaurantes sofre com a pressão da cadeia de modos e taxas. Na missão de atingir o lucro, os melhores aplicativos de delivery estão focando sua inovação encontrando novas maneiras de cobrar seus clientes ao invés de inovar em produtos e serviços. Alguns restaurantes possuem parceria de exclusividade, mas, fora esses, os consumidores se deparam com um mercado de delivery onde os preços são virtualmente indistinguíveis, o preço dos exatos mesmos itens no mesmo restaurante podem variar até 20% dependendo do aplicativo utilizado.
Na última década, vimos uma grande onda de empresas de tecnologia com foco em inovação em diversos mercados, desde serviços financeiros até produtos. Tem de tudo o que se possa imaginar, lâminas de barbear, bebidas, novos serviços de assinatura. Essas empresas conquistaram seu espaço com inovação e com transparência nos seus preços.
A competição entre empresas de delivery, com bilhões de dólares em investimentos, é brutal, e com grande parte deste capital sendo investido em um crescimento baseado em promoções, descontos e outros sorteios, a inovação no produto base foi deixada em segundo plano. Apesar dos bilhões que já foram investidos no setor, e das projeções de crescimento massivas, acredita-se que esse setor ainda está na sua infância e ainda tem muito o que inovar. As empresas vencedoras deste ramo serão aquelas que conseguirem atingir o lucro e a liderança de mercado baseado no delivery não só de comida, mas de melhores produtos, melhores serviços e, com transparência nos seus preços.
Delivery no Brasil
O grande crescimento do delivery no Brasil começou por volta de 2015, logo após o Ifood receber uma grande rodada de investimentos que possibilitou que a empresa fizesse uma grande campanha de marketing, a empresa investiu em comerciais de televisão e campanhas em diversas mídias sociais, o que popularizou o serviço no país.
O Ifood é o líder de mercado atual, foi fundado no Brasil em 2011 e, depois de diversos investimentos começou a focar bastante em relacionamento com os clientes e também, em expandir seus restaurantes parceiros, fazendo assim, com que o aplicativo tivesse muita variedade para atender todos os clientes vindo de suas agressivas campanhas de marketing.
A empresa que vem em segundo lugar nas pesquisas é a Uber Eats, ela foi fundada nos Estados Unidos em 2014 pela empresa de transportes Uber. Começou suas operações no Brasil em dezembro de 2016, o aplicativo conta com grande divulgação do Uber, que recentemente implementou a versão de delivery dentro do app de transportes, fazendo com que usuários começassem a usar o serviço. Tem também alguns projetos muito ambiciosos para o serviço, como a entrega por drones.
Seguindo o ranking temos o Rappi, empresa colombiana fundada em 2015, porém, diferentemente dos anteriores, o foco não é somente na entrega de comida, a empresa se compromete a entregar qualquer coisa, basta o usuário dizer o que deseja e onde comprar, que os entregadores compram o produto e levam até o cliente.
O último serviço que se destaca é o da empresa de transportes 99, o 99 food, a empresa já opera em outros países como, México, Japão e Chile, porém, com o nome Didi food. Começou a operar no Brasil em 2019 disponibilizando o serviço em apenas algumas cidades, mas ao decorrer de 2020, está expandindo cada vez mais suas operações. Para competir com os concorrentes já consolidados, a empresa vem desde a fundação fazendo diversas promoções com cupons e descontos.
Participação do mercado
Foi feita uma pesquisa em Julho de 2020, onde foram coletados o número de pesquisas de cada um dos serviços citados acima na plataforma Google. Esse número representa a quantidade de procuras mensais pelas plataformas de delivery.
Taxas de pagamentos, serviços e entrega
A seguir apresentaremos as taxas cobradas por cada um dos serviços, porém, é importante entender o que é cada um deles:
Full Service: Este formato de contrato contempla a divulgação de seus produtos na plataforma assim como a logística de entrega através dos motoboys cadastrados na ferramenta. Também dá direito a opção de pagamento online por parte de seus clientes.
Marketplace: Contempla apenas a divulgação dos produtos na plataforma e o meio de pagamento online.
Taxa de pagamento online: Custo percentual cobrado dos clientes que optam em pagar pela aplicativo.
Custo de entrega (até 3km de distância): Estimamos um custo médio pago pelos clientes para um entrega de 3 quilômetros.
Mensalidade: Algumas plataforma cobram um valor mensal pela utilização dos serviços.
*Todas as taxas percentuais são cobradas sobre o preço dos produtos e, caso marketplace, também das entregas. Todas as taxas, em geral, podem ser negociadas conforme número de operações e volume de vendas.
Full service
Na modalidade full service, tanto o Ifood quanto o Uber Eats cobram os mesmos percentuais (27%), somente o Rappi possui uma taxa um pouco mais baixa (25%). 99 Food não teve sua taxa informada.
Marketplace
Para a modalidade Marketplace, as plataformas Ifood, Uber Eats e Rappi cobram 12%, a 99 Food não informou sua taxa.
Taxa de pagamento online (via aplicativo)
Todas as plataformas cobram a mesma taxa para pagamentos online, 3,5%, que é o padrão cobrado pelas administradoras de cartões. A grande maioria dos pagamentos é feito pelas plataformas através de cartão de crédito.
Custos com entregas
Os custos com entrega foram informados para entregas feitas até 3 quilômetros, que é a média de distância das entregas feitas.
Ifood | R$ 7,00 |
Uber Eats | R$ 5,00 |
Rappi | R$ 7,00 |
99 Food | Não informado |
Mensalidades
Dentro dos serviços pesquisados, somente o Ifood cobra uma mensalidade, os demais não possuem esta cobrança.
O valor cobrado pelo Ifood é de R$ 130,00.
Diante de tantas taxas, por quanto devo vender meus produtos nas plataformas de delivery?
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Somente com o custo da receita, você já consegue ter uma boa ideia de como deveria precificar seus produtos, porém, a ferramenta faz ainda mais, ela possui o Setup Financeiro, que te ajuda na formação do preço de venda.
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